sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
Contextos ou Níveis de Comunicação
A comunicação interpessoal tem pontos de contacto com a comunicação grupal, organizacional e de massas.
A Comunicação Grupal (ou de pequeno grupo), tal como o nome indica, desenvolve-se em pequenos grupos, diferenciando-se da comunicação interpessoal apenas porque em grupo as pessoas reagem de maneira diferente. Existem vários tipos de modalidades/redes de comunicação, entre elas a rede circular, onde nenhum dos participantes têm posição central, e a rede em “y”, centralizada, entre outras, onde existe centralidade, e como tal pode evitar-se mais os erros e melhorar a execução das tarefas.
A nossa sociedade é organizada, e a nossa Comunicação acaba por ser Organizacional. Nós nascemos, somos educados, trabalhamos, divertimo-nos e morremos em organizações. Esta comunicação organizacional tem duas orientações, a comunicação de marketing centrada no “produto, no serviço e na marca” e a comunicação empresarial, centrada nela própria, ou seja, “centrando-se no desenvolvimento do fluxo comunicacional no seio da organização” (Secção Módulo 4 - Níveis de Comunicação, da área da disciplina Teorias e Modelos de Comunicação na plataforma de e-learning do Instituto Piaget). As decisões nas empresas serão impossíveis se não forem facilmente compreendidas, e isso pressupõe a partilha e explicitação, das e nas ideias, uma vez que uma instituição é constituída por grupos de pessoas que interagem entre si.
Na Comunicação de Massas, os «mass media» tem um papel importante na nossa sociedade, uma vez que tendem a homogeneizar o seu público, e desta maneira, os indivíduos acabam por perder as suas personalidades e características únicas que os distinguem, para passarem a ter atitudes, gostos, etc, quase idênticos, este é o problema ou perfeição, da nossa sociedade «massificada».
Helena
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Perspectiva Histórica da
Evolução da Comunicação/Educação (Jean Cloutier)
Através da compreensão dos momentos da evolução da comunicação consegue compreende-se também a história da educação e de como ela também foi evoluindo a par com a comunicação.
O 1º momento da comunicação, segundo Jean Cloutier, dá-se pelo nome de «comunicação interpessoal», uma vez que no início da história humana, o Homem comunicava através de gestos e da voz para se expressar, inicialmente o ser humano imitava apenas rugidos e sons onomatopeicos, posteriormente para exteriorizar as suas necessidades e ideias inventou uma linguagem e a sua capacidade manual inventou as representações icónicas.
Este 1º momento da comunicação acontecia num contexto de aprendizagem familiar, onde o único objectivo era alcançar uma identidade comunitária.
Das representações icónicas, passa-se à escrita que começa a existir mediante regras gramaticais, exigindo conhecimento especializado, ou seja, começa a haver uma «comunicação de elite» (Jean Cloutier) uma vez que acaba por haver desigualdade, e esta começa a ser um instrumento de poder.
É neste âmbito que surge a escola onde se dá lugar ao desenho, ao esquema e sobretudo à escrita fónica, aqui intensificam-se os saberes básicos do saber contar, ler e escrever.
Com a evolução do tempo, começam a aparecer a tipografia, o telégrafo, o telefone, o cinema surgindo a «comunicação de massa» (Jean Cloutier), pois é através destas invenções que a palavra, o som e a imagem vão poder finalmente reproduzir-se à distância, envolvendo o mundo numa rede global de informação e conhecimentos. Inclusivamente, a rádio até deu possibilidade de os indivíduos analfabetos ficarem também informados. Por fim, a televisão veio influenciar os estilos e hábitos de vida das pessoas.
Esta informação em massa dentro e fora das nossas casas, acabou por ser uma escola paralela, devido a toda esta amplificação de mensagens, pois estas acabam por chegar a todo o lado, e a toda a gente.
O ser humano começa entretanto a querer ter um papel activo na história da comunicação, e é daí que surge o termo «comunicação individual» (Jean Cloutier), uma vez que no século XX, já usufruímos de um universo comunicativo visual, auditivo, escrito, audiovisual e multimédia, a nível de fotografia gravadores de som, máquinas de escrever, videografia, e computadores. O computador passou a estar no domínio da utilização pessoal e doméstica, e isso fez com que o ser humano deixasse de ser um mero espectador, para se tornar um emissor e processador de imagem. Este passa a ser um auto-educando, pois pretende saber e aceder ao saber por si próprio, através de uma aprendizagem autónoma. Na educação, o professor fica então mais liberto de funções antes informativas, para passar a exercer funções agora mais formativas. O Homem passa a ser o que informa e se informa.
Este momento marca a passagem para uma nova configuração comunicativa. A «comunicação em ambiente virtual» através da evolução dos microprocessadores, do uso da fibra óptica e da digitalização da informação, fez com que acabassem muitos dos guetos tecnológicos. A internet tornou-se o suporte de relações interpessoais e uma grande ajuda para superar o individualismo da sociedade de massa. A noção de rede, num universo em que tudo está ligado, dá-se devido à conectividade do ambiente virtual. Só de pensarmos que toda a informação está à distância de um click, faz com que tudo seja de fácil acesso.
Helena
domingo, 18 de janeiro de 2009
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Epistemologia da Comunicação
A comunicação surge como uma forma de quebrar um fundo de isolamento, estando a realizar algo em comum, emergindo como produto de uma relação ou encontro social. Foi com os monges cenobitas que surgiu pela primeira vez o termo comunicação, ao tomarem «a refeição da noite em comum» rompendo assim o isolamento. Verificamos pois, que na simples decomposição do termo «comum+acção», o qual significa «acção em comum», é uma partilha de dados, dados esses que possuem significado, para podermos obter a informação pretendida.
O termo redundância está muito relacionado com a «informação», pois é aquilo que “numa mensagem, é informação previsível ou convencional”. Mas é uma previsibilidade elevada, que acaba por ser de baixa informação por surgir do senso comum.
Vejamos o exemplo: A mulher deu de comer ao gato. Esta frase suscita-nos o senso comum; se fosse o oposto aí já não seria previsível.
Tal como a redundância, também a entropia está inteiramente relacionada com a informação, mas de modo oposto, uma vez que a entropia resulta de uma “previsibilidade reduzida, acabando por ser de elevada informação”. A entropia “mede” o grau de desordem de um sistema.
Por exemplo, a informação está associada à perda de incerteza devido ao número de possíveis sinais, no entanto, na gramática, na música ou qualquer outro sistema que possua estas regras tem uma entropia inferior, à que teria, caso não as possuísse.
Para Shannon e Weaver, “o ruído é responsável pelas interferências que prejudicam a transmissão perfeita da mensagem”.
O ruído é no fundo qualquer obstáculo que prejudique a boa recepção da mensagem e tudo o que se interponha e prejudique a reprodução exacta desta.
Alguns dos ruídos que nos vêm logo à memória assim que falamos no assunto talvez sejam o ruído do telefone e a interferência na rádio.
Tal como referi acima a comunicação significa «acção em comum», ou seja, partilha de dados, dados esses que possuem significado, para podermos obter a informação, pois esta é transmitida ao destinatário, mas também tem que ser partilhada por ele, ou seja, tem de receber a informação, mas também tem que saber compreendê-la. No entanto, a informação não produz comunicação, pois a informação é considerada um acto unilateral, ou seja, o emissor não espera resposta por parte do receptor.
Como professora, no início da aula, eu posso informar os meus alunos que a seguir vai haver uma reunião de estudantes numa determinada sala, e eles compreendem a informação, mas não estou à espera que eles me respondam, pois o objectivo era simplesmente que os alunos ficassem com a informação e a compreendessem.
A evolução na área da comunicação tem sido assim parte integrante da própria evolução do homem e da sociedade.
Helena
sábado, 10 de janeiro de 2009
Bom Ano Novo
Beijinhos