Eu penso que todas as utopias são utópicas, pois nada consegue ser completamente perfeito neste mundo. No caso da Utopia da Comunicação, esta surgiu como «valor pós-tramático.
Segundo Diminique Wolton, o que se passa é que há «demasia na comunicação» (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 59) com a qual eu concordo que acontece. Na nossa era a comunicação é uma vencedora, mas até que ponto é que isso não nos trás ambiguidades? É que um dos problemas que o homem moderno tem no presente é a capacidade de gerir uma tão grande variedade de informação que lhe é disponibilizada a toda a hora e a todo o momento, através da televisão, da rádio, da internet, etc. Estamos claramente numa sociedade de comunicação e informação, mas em contrapartida segundo Breton temos “novas desigualdades” e “novas exclusões” (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 67), existem info-excluídos, ou porque não se interessam minimamente, ou porque não têm acesso às novas tecnologias de circulação de informação, ou porque não têm poder económico, e a alguns nem os “Magalhães” os salva.
Para concluir, considero que a utopia original pode estar a cair no risco de se estar a caminhar para uma maior exclusão, e de se estar a “tornar, de uma só vez, sombra e motor das tumultuosidades que aí continuamente afloram.”, tal como afirma Adalberto de Carvalho (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 73).
Helena
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