segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Utopia da Comunicação

Eu penso que todas as utopias são utópicas, pois nada consegue ser completamente perfeito neste mundo. No caso da Utopia da Comunicação, esta surgiu como «valor pós-tramático.
Segundo Diminique Wolton, o que se passa é que há «demasia na comunicação» (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 59) com a qual eu concordo que acontece. Na nossa era a comunicação é uma vencedora, mas até que ponto é que isso não nos trás ambiguidades? É que um dos problemas que o homem moderno tem no presente é a capacidade de gerir uma tão grande variedade de informação que lhe é disponibilizada a toda a hora e a todo o momento, através da televisão, da rádio, da internet, etc. Estamos claramente numa sociedade de comunicação e informação, mas em contrapartida segundo Breton temos “novas desigualdades” e “novas exclusões” (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 67), existem info-excluídos, ou porque não se interessam minimamente, ou porque não têm acesso às novas tecnologias de circulação de informação, ou porque não têm poder económico, e a alguns nem os “Magalhães” os salva.
Para concluir, considero que a utopia original pode estar a cair no risco de se estar a caminhar para uma maior exclusão, e de se estar a “tornar, de uma só vez, sombra e motor das tumultuosidades que aí continuamente afloram.”, tal como afirma Adalberto de Carvalho (Manuel João Vaz Freixo, Teorias e Modelos de Comunicação, p. 73).
Helena

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